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quarta-feira, 2 de maio de 2018

É o Fim

Hoje, dia 31 de dezembro de 2013, não é tão somente o último dia do ano. Para nós policiais militares do Copom é o fim de uma etapa. Nós que há vários anos trabalhamos dia e noite, faça sol ou faça chuva, sábados, domingos, feriados, nos aniversários dos filhos, natais, carnavais, finados... Enfim, não importa que dia seja, para nós o que existe são problemas a serem resolvidos, vidas para salvar, crimes para enfrentar e essas coisas não escolhem dia e nem hora.
Da minha parte foram doze anos nos bastidores, lidando com todo tipo de situação e todo tipo de pessoa.
Vi e revi várias vezes a mesma situação, onde manda quem tem uma arma nas mãos.
Mas, fui transferida, a bem do serviço e contra minha vontade. Ficando por 4 anos num quartel operacional. Onde aí sim, vi o que realmente é o serviço operacional, das ruas, nu e cru.
Mas aí é uma outra história, loooonga...


segunda-feira, 11 de novembro de 2013

Esse Ofício Tem Ossos Demais

Estava eu na cozinha do Copom, com meu prato de comida nas mãos, quando entra um capitão afoito dizendo que havia uma ocorrência de veículo recuperado que eu deveria digitar. E não poderia esperar nem um minuto mais.
Humildemente e faminta, peguei meu prato tão saboroso, enfiei no forno e fui digitar a ocorrência tão urgente.
Atendi prontamente ao casal que ali estavam. E ao término, o senhor me perguntou qual o nome do capitão que o atendera tão gentilmente. Respondi, então eles disseram que pediria ao seu comandante que fizesse um elogio ao mesmo pela sua presteza e agilidade, dando ênfase ao 'trabalhão' que o mesmo teve para atendê-los.
E olha, ele nada fez a não ser interromper meu almoço e eu depois descobri qual o motivo para que o casal fosse atendido com tanta urgência: Eles eram amigos de um oficial superior.
Enfim, nem obrigado disseram, como se eu nada fosse...
Voltando para a cozinha, peguei meu prato e comentei o ocorrido, e alguém do tipo 'puxa-saco' disse em alto e bom som:
    _"Ossos do ofício!"
E para minha surpresa, um oficial em minha defesa, retrucou:
    _"O problema é que esse ofício tem ossos demais"!
Só faltou mesmo um suco, para a comida descer melhor.

segunda-feira, 7 de outubro de 2013

Mocinho ou Bandido

Ser policial acarreta muito mais os ônus do que os bônus. Pois até em horário que seria de folga, ainda somos policiais perante à sociedade, principalmente para os familiares e vizinhos. Que sempre lembram de nos ligar nos momentos difíceis. O engraçado é que quando tem festa, ninguém me liga!
Um casal de vizinhos foram assaltados numa esquina aqui perto de casa, e ao invés de ligarem no 190, ligaram para mim que estava em meu lar doce lar, tranquilamente assistindo televisão.
Me pediram para chamar uma viatura. Segundo eles, chegaria mais rápido se fosse chamada por mim e eu me prontifiquei é claro, e num é que realmente a viatura chegou bem rápido mesmo.
Passados uns trinta minutos, o filho do casal me retorna a ligação.
Eu imaginei que fosse para agradecer...
Ele disse assim:
     _Sabe a viatura que veio aqui atender a ocorrência da minha mãe? Pois é, foram os mesmos PM's que me 'roubaram' semana passada.
     _Como assim te roubaram? Perguntei.
     Ele continuou:
     _Semana passada fui abordado por eles e como meu carro estava rebaixado, disseram que o apreenderiam para o pátio do DETRAN. Então fui obrigado a dar dinheiro pros vagabundos!
Pensei, e o que é que eu tenho com isso!
Mas entendi onde ele quis chegar. Como é que um policial que aceita propina, pode atender ocorrência de roubo? Nesse caso o policial é tão ladrão quanto o meliante que roubou os pertences da mãe dele.
No entanto o policial e o meu vizinho cometeram crimes. O policial cometeu corrupção ativa e meu vizinho,  passiva. Aceitar e oferecer propina é crime.
Com certeza essas atitudes me causam vergonha e raiva. Pois existem policiais corruptos e as pessoas costumam generalizar.
Não tiro a razão delas, afinal neste país onde se dá um jeitinho pra tudo, onde fazemos vistas grossas para os crimes considerados 'aceitáveis', afinal resolvem o problema de ambos.
Bom, eu acho que essas atitudes delituosas só aumentam o problema para ambos!
E não, o meu vizinho não me agradeceu.

quarta-feira, 2 de outubro de 2013

O Boi Berra é Pela Vaca

As famosas 'picuinhas' entre ex casais são sempre um problema, que tira a paz de ambos, dos filhos que ficam entre o 'fogo cruzado' e dos familiares.
E posso falar por experiência própria.
Me separei do pai da minha única filha, quando ela ainda tinha 2 anos. Passado o tempo ele se casou de novo, teve outro filho e seguiu sua vida. Até aí estava tudo bem, a não ser quando tínhamos que falar sobre dinheiro.
Pois é, o dinheiro. Parece que as pessoas se esquecem das coisas mais básicas quando mexe no bolso.
Não sei se todos pensam assim, mas pelo menos meu ex achava que sempre estava dando demais, que eu gastava o dinheiro com farra, e aí começavam as picuinhas; todas as vezes que ele tinha que mexer no bolso, jogava na minha cara que eu não prestava (e outras palavras de baixo calão, que é melhor nem citar aqui, podem ter crianças lendo) e que iria me tomar a menina.
Bom, nem preciso dizer o quanto isso me afetava e sozinha eu chorava, sentia-me impotente diante da possibilidade de ficar longe de quem eu mais amava neste mundo.
E assim que entrei na polícia militar, ainda aluna soldado, por várias vezes precisei recorrer à ele para que comparecesse nas reuniões da escola dela. Meu curso me sugava muito, eu estava cansada física e mentalmente.
E numa dessas ligações, novamente veio a ameaça de me tomar a menina, disse que eu a estava deixando muito tempo sozinha, que ela precisava de mais atenção e blá, blá, blá.
Estressada e já cansada dessa ladainha, falei que tudo bem, poderia levá-la sim. Que ele tinha razão. Ela estava ficando muito tempo sozinha (embora minha mãe cuidava dela na minha ausência). Que só não era para forçá-la a ir com ele, mas ela concordando, poderia levar.
Nunca vi uma pessoa mudar de ideia tão rápido!
Ele disse que ela já estava acostumada comigo, que tirá-la agora seria um trauma, que lá ela era bem cuidada... (desentendi totalmente)
Poxa vida, passei anos ouvindo o contrário dessa mesma pessoa, daí um dia resolvo concordar com ele, e mesmo que eu sofresse, pelo menos saberia que minha filha estaria sendo bem cuidada, afinal ele a queria tanto.
Queria nada!!!
Só fazia toda aquela chantagem emocional para me ver sofrendo, porque seu orgulho de macho estava ferido com a separação.
Como dizia um velho e já falecido, amigo meu: "O boi berra é pela vaca."

Conselheira do Amor

Algumas pessoas relacionam o 190, como sendo um número mágico, onde tudo tem que ser resolvido por lá. Qualquer coisa mesmo...
Uma atendente 'antigona' no COPOM, atendeu um rapaz muito preocupado; sua namorada havia saído no dia anterior e ainda não tinha retornado.
Disse ainda que já havia ligado inúmeras vezes no celular dela, sem resposta alguma e esteve em sua casa também, onde cansou de apertar a campainha e nada.
O detalhe é que ele era especial, portador de deficiência visual; então a atendente com longa experiência em 'crises conjugais' que se ouve diariamente no 190, achou por bem pedir o número do celular da moça e ela mesma fazer-lhe a ligação.
Vai que pela deficiência do rapaz, pode ser que ele esteja batendo campainha na porta errada ou ligando pro número errado também.
Dito e feito. A atendente ligou pra moça e foi prontamente atendida.
Ela disse que não havia recebido ligação alguma e que estava trabalhando, por isso não tinha entrado em contato com o preocupado namorado.
Então a atendente pediu que ela ligasse o quanto antes para tranquilizá-lo. Encerrando assim mais uma 'consulta amorosa.'

domingo, 29 de setembro de 2013

O Pé de Anta

O interior de Goiás é cheio de lendas que são passadas de pai para filho, quase um folclore local. E foi numa cidade do interior que surgiu a lenda do 'Pé de Anta'.
Desta vez não citarei a cidade, para não constranger seus moradores.
Estavam ocorrendo muitos furtos em fazendas, toda semana era uma diferente.
Numa dessas ocorrências, uma vítima informou que vira pegadas parecidas como de pés de anta. E esta informação correu léguas, visto que em cidades do interior fofoca chega bem rápido.
Na outra semana houve mais um furto numa fazenda local, onde o proprietário-vítima, informou às autoridades policiais que havia visualizado o vulto de um homem correndo e as pegadas deixadas eram também de anta.
E por aí foi, a próxima fazenda a passar pelo larápio, também foi visto um vulto grande e cabeludo, deixando as mesmas pegadas de anta.
E como quem conta um conto, sempre aumenta um ponto, na outra fazenda não foi diferente, viram um vulto enorme, cheio de pelos, com dentes sobressalentes, garras enormes e as pegadas de anta.
Intrigado com a aberração da natureza que entrava nas fazendas, o comandante daquela cidade escalou um policial para descobrir e prender o tal do Pé de Anta. Este policial passava dias e noites de fazenda em fazenda na espreita, passando assim três longos meses sem que nada descobrisse a respeito do meliante.
Desistiram de tentar descobrir e aprenderam a conviver com esse mistério.
Até hoje o caso está sem solução e toda vez que acontece furtos de autoria desconhecida, quem logo leva a culpa pra variar é o Pé de Anta.

Oxente Bichim

Não sei de onde tiraram que baiano é preguiçoso, só que essa fama também chegou ao quartel.
Certa feita, um oficial de Goiás foi designado para comandar um pelotão na Bahia.
O oficial goiano posicionou-se à frente, colocou todos os militares baianos em forma, perfilados e alinhados; até aí tudo certo.
Então o oficial deu voz de comando à tropa:
   _"Atenção pelotão, sentido!"
Nada, nem se moveram.
Novamente o oficial comandou:
   _"Atenção tropa, ao meu comando, direita volver!"
   _"Atenção homens, esquerda volver!"
Nada.
E de novo:
   _"Atenção, meia volta volver!"
Silêncio total.
Cri, cri, cri, cri.
O goiano não entendia o motivo da inércia daqueles homens.
E vendo a incapacidade do oficial goiano em comandar, foi em seu socorro um oficial baiano e lhe disse que na Bahia os comandos eram um pouco diferentes. Lá não se dizia sentido, direita volver, esquerda volver ou meia volta volver. E posicionou-se à frente mostrando como se comanda uma tropa baiana:
   _"Ôxi homens, atenção, pernas juntinhas!"
E todos, em sincronia ficaram em posição de sentido.
   _"Bichim, virar para a direita!"
Todos viraram para a direita.
   _"Oxente, agora virem para o lado do facão!"
Todos viraram para a esquerda.
   _"Virar pro lado da bundinha!"
E finalmente deram meia volta.

sábado, 28 de setembro de 2013

A Sunga Indecente

Antigamente o uniforme usado pelos bombeiros para resgate às vítimas de afogamento, era tão somente uma sunguinha vermelha.
Nada mais natural, afinal esta é a vestimenta adequada para mergulhos.
Porém numa certa temporada do Araguaia, onde muitas pessoas acampam e há índices alarmantes de afogamentos, o Corpo de Bombeiros são escalados durante todo o período.
E foi numa temporada no Rio Araguaia que essa vestimenta teve que ser reavaliada.
Várias pessoas vieram até o comandante para reclamar de um certo bombeiro, diziam que o militar estava ostensivamente excitado, inclusive na presença de crianças, causando grande constrangimento.
O mesmo foi identificado e chamado na presença de seu comandante para se explicar.
Então sem mais delongas, o bombeiro foi logo dizendo: "Não estou excitado não, é grande mesmo! Se eu estivesse excitado, nem caberia nesta sunga."
Bom, eis aí a big, grande, super, mega, gigantesca questão.
A partir de então, ficou estabelecido para fins de conhecimento geral, que sobre a sunga, também usariam um short de nylon vermelho.
A alegria da mulherada durou pouco. Eita mundo machista viu!

sexta-feira, 27 de setembro de 2013

Espingarda Calibre 12

Numa dessas situações de violência doméstica que infelizmente são corriqueiras, a vítima informou que foi bastante agredida pelo companheiro e aproveitou um descuido dele para fugir de dentro da casa, onde tinha sido mantida em cárcere privado durante todo o dia.
Bastante lesionada, foi atendida pela equipe da Polícia Militar que pediram inclusive apoio do Corpo de Bombeiros, pois pela aparência da vítima, a violência sofrida por ela foi muito grande.
E os policiais indignados, ao saberem que o autor ainda se encontrava dentro da casa, resolveram adentrar o local para efetuar a prisão do elemento.
Porém, a vítima disse que agora o maior problema nem eram as lesões, era que o marido estava armado com uma espingarda calibre 12.
Bom, aí a coisa muda de figura.
Nesses casos é acionado um negociador para evitar um mal maior, já que o agressor estava de posse de uma arma de grosso calibre.
Como já era bem tarde da noite, o único negociador disponível estava de coordenador no COPOM. Então ele ao saber que na casa tinha telefone fixo, resolver ligar pro agressor.
Vai que cola.
E num é que colou!
Foi prontamente atendido pelo indivíduo, que foi logo avisando que não queria machucar ninguém, apenas um pouco de atenção e carinho...
Disse ainda com voz embargada, que sua esposa não lhe dava mais sequer um beijo de bom dia.
Por isso ao sentir-se rejeitado, 'perdeu a cabeça' vindo a agredi-la. Pediu desculpas (como sempre fazia depois de uma sessão de pancadaria) e falou que iria sair para conversar com os policiais.
Ao sair pasmem, a esposa o abraçou e disse que estava tudo bem.
Cúmulo do sadismo! Só acho.

terça-feira, 24 de setembro de 2013

Maria Batalhão

Recém formado na Academia da Polícia Militar, um aspirante foi lotado numa cidade do interior de Goiás.
Mesmo sendo inexperiente, foi colocado para comandar o batalhão local.
Todo cheio de si, se achando 'o cara', 'carne nova no pedaço', não demorou e virou alvo das 'Marias Batalhão'.
E uma delas, a mais linda da cidade, caiu nas graças do aspirante, que não perdeu tempo e foi logo oficializando o namoro, afinal ela era linda demais.
Certo final de semana, o aspirante deixou a linda namorada em sua casa, se despediu e saiu para mais um plantão noturno. Crente de que a moça ficaria em casa dormindo.
No meio da madrugada receberam uma denúncia de um veículo suspeito parado em determinado local, com ocupantes em seu interior em atitudes suspeitas.
A viatura do aspirante chegou até o carro e os vidros estavam embaçados, sendo impossível a visualização do seu interior.
Então este ordenou que os ocupantes saíssem do veículo, com as mãos onde pudessem ser vistas.
Passados uns minutinhos, eis que sai um negão com a cara mais deslavada do mundo e logo atrás a linda e formosa namorada do aspirante, descabelada e ainda abotoando a roupa.
Nada mais foi dito.
Encerrado pelo local.

Quase Fui Abduzido

Antigamente tínhamos um batalhão que atendia a região noroeste, que ficava num lugar bem ermo, no meio de uma mata mesmo.
Costumava ficar um sargento 'antigão' na guarda. Sendo este um tanto quanto QBU (linguagem usada pelos militares, para definir os doidos e similares).
Certa noite, este sargento acionou insistentemente as viaturas via rádio, pedindo socorro. Dizia que o quartel estava sendo invadido.
Em questão de minutos, compareceu no local três viaturas de área e duas especializadas da ROTAM.
Os mesmos desceram das viaturas preparados para a guerra, até que depararam com o sargento sentado na calçada, cabisbaixo.
Chegando até ele, lhe foi indagado o que tinha acontecido.
Ele, mais QBU do que de costume, disse que havia descido um disco voador e estava tentando abduzí-lo. Só que ele foi mais rápido, efetuou alguns disparos com o revólver para o alto e o OVNI evadiu do local sem deixar rastros.

Os Caça-Fantasmas!

Numa certa cidade do interior de Goiás, mais especificamente em Mineiros, isto há alguns anos atrás. Quando a Polícia Militar saía nos finais de semana em diligências nas antigas kombis, conhecida pelos militares como PABAM.
Chegando nas proximidades do único cemitério da cidade, visualizaram um indivíduo pulando para dentro do local.
Enquanto a metade do efetivo faziam buscas pessoais em alguns frequentadores de um bar em frente, a outra metade adentrou o cemitério atrás do suposto meliante.
Todos em absoluto silêncio, com muita cautela.
Agora, não se sabe se para não serem surpreendidos pelo meliante ou para não acordar os mortos.
O que se passou a seguir, deu a entender que o maior medo da maioria era mesmo o de não acordar os mortos.
Eis que surgiu no meio de uma moita, uma coruja 'zoiuda', soltou um pio aterrorizante e estridente, bateu asas e saiu voando.
Surpreendidos, os policiais sacaram suas armas, cada qual apontando para um lado, todos alertas e assombrados.
No meio da confusão, um oficial visualizou um corpo à frente em cima de uma lápide, com a voz e as pernas trêmulas, apontou sua arma e ordenou: "Mão na cabeça, mão na cabeça!"
Todos os outros policiais, sem exceção, caíram na gargalhada.
O corpo em cima da lápide era uma estátua, que quase levou chumbo por desobedecer a ordem de por a mão sobre a cabeça.




domingo, 22 de setembro de 2013

Só Faltou Perguntar o Nome e CPF


O que vou relatar, visualizei no Facebook de alguém, mas que vira e mexe acontece num plantão do 190.
Foi recebida uma ligação numa ocorrência de tentativa de roubo a transeunte, praticado por dois indivíduos que estavam em uma moto.
Sendo a ação delituosa, presenciada por Guardas Municipais que ali estavam e talvez por isso, o roubo não tenha sido consumado.
Ao que consta, foi um destes Guardas Municipais quem ligou para a Polícia Militar solicitando uma viatura.
O atendente fez perguntas pertinentes ao andamento da ocorrência.
Então lhe foi perguntado a cor da moto, e o solicitante não sabia; cor do capacete, não sabia; cor da camiseta, não sabia. Só sabia que usavam bermudas.
Bingo! Pensa, numa cidade quente como Goiânia, onde todo mundo usa bermudas...
Já impaciente com tantas perguntas, o solicitante disse que se fosse pra demorar tanto assim, nem precisava enviar viatura, pois a esta altura os meliantes já estariam bem longe e ironicamente, disse que da próxima vez perguntaria ao ladrão o nome dele e o número do CPF.
No caso de crimes já ocorridos, onde o autor já evadiu, essas perguntas chatas que delongam a ligação, são de grande relevância.
Pois ao fazer o deslocamento até a vítima, a viatura pode passar pelos autores e não havendo nenhuma descrição dos mesmos, vão 'passar batido'.
Moral da história:
Não é todo dia que a 'bola de cristal' da Polícia Militar funciona.

terça-feira, 17 de setembro de 2013

Sobrou o Motor

A cara de pau da bandidagem é tanta, que nem se importam mais em esconder seus mal feitos.
Um senhor ligou no Copom com uma história bem inusitada.
Ele havia deixado seu veículo em uma oficina para fazer alguns reparos.
Sendo que esta oficina fica num bairro conhecido aqui em Goiânia como "Robauto", onde há uma grande concentração de lojas de auto peças para revenda, e algumas de origem duvidosa.
Bom, ao retornar para buscar seu veículo, ele foi informado pelo proprietário da oficina que o mesmo já não se encontrava mais ali.
Não ele todo!
O carro havia sido desmontado e suas peças revendidas. Restando algumas peças, sendo uma delas, o motor.
Sem querer acreditar naquele absurdo, indignado e desolado, a vítima pediu uma viatura no local.



sábado, 22 de junho de 2013

Odeio Bala de Borracha, Joga um Halls

"PM Goiás teve atuação admirável! Eu pedi eles deram!" Abhner Medeiros
Fonte: www.facebook.com

segunda-feira, 18 de fevereiro de 2013

Veículo de Rico e Veículo de Pobre

Trabalhando há tanto tempo no 190, e atendendo a todo tipo de público. Por vezes, nos deparamos com uma desigualdade social gritante.
Um exemplo disso é que num mesmo dia, a Polícia Militar, recuperou vários veículos e dentre eles, se destacaram dois: Uma Mercedes zerada e uma Motoneta, modelo bem antigo, conhecida mais como cinquentinha.

 Ao entrar em contato com a vítima da Mercedes, estes chegaram num outro carro importado, também zerado, com o motorista particular e segurança. Estavam bem desanimados e inconformados, pois como o veículo tinha seguro, achavam que a seguradora é quem deveria fazer esse deslocamento e passar por todo esse aborrecimento, afinal, pagavam por isso.
Enfim, receberam o veículo, assinaram o termo de entrega e se foram.
Ao contrário da segunda vítima, proprietários da motoneta. Estes, quando fiz o primeiro contato por telefone, fui atendida por uma senhora, e quando lhe informei que havíamos recuperado seu veículo, essa não conseguiu conter-se de tanta felicidade, gritava, chorava, pelo jeito pulava também. Sua alegria era imensa, tanto que não conseguia falar só comigo, chamou toda a família, dizia-lhes que a polícia havia encontrado a moto, e agradecia à Deus a todo instante.
Por fim, chamou o filho para anotar os dados de onde buscar o veículo, pois estava tremendo demais e não conseguiria escrever nada.


E a entrega se deu da mesma forma, que foi feita com o 'veículo dos ricos'.
Para nós, não há distinção.
Na verdade, é muito mais gratificante entregar um bem a quem tem pouco. Pois esses, valorizam muito mais suas conquistas e quando agradecem, o fazem verdadeiramente, de coração.
Diferentemente de quem tem muito, que nunca agradece e quando o fazem, se é que alguém faz, é sempre forçado e com desconfianças.


domingo, 3 de fevereiro de 2013

Volta Pra Mim!

Como nenhum plantão é igual outro, sempre acontece alguma ocorrência bem peculiar.
Do tipo, ridículo mesmo.
O Copom recebeu várias ligações certa manhã, onde um rapaz, ao terminar seu namoro, foi surpreendido pela reação da ex-namorada.
Ela entrou no carro dele e não saiu mais. Trancou a porta, recusando sair de dentro do veículo durante todo o dia.
O rapaz chamou a família da moça, a mãe, pai, tios, avós, padre, mãe de santo, pastor, até promessa de ir a pé para Trindade, ele fez. Mas nada!
Ela não saía.

Uma viatura da PM foi chamada ao local e nada conseguiram. Mesmo falando com jeitinho, usando de cautela, com palavras mansas, para não deixar a mal amada ainda mais nervosa.
Chegaram a conclusão, de que esse era um assunto para ser resolvido em família e foram embora.
Porém, já tarde da noite, novamente uma viatura foi solicitada no local.
E por incrível que pareça, ela ainda continuava dentro do carro, sem comer, sem beber água, sem fazer necessidades fisiológicas e sem aceitar o término do namoro.
A louca.
Só não contava que dessa vez, nesta viatura, havia um policial ainda mais louco que ela.
Este chegou bem próximo, começou a esmurrar o carro e a falar alto e bravo, ordenando que ela saísse e deixasse de frescura, senão iria quebrar os vidros, soltar gás dentro do carro, colocar-lhe um par de algemas e a jogaria dentro da viatura de cabeça pra baixo, pelos cabelos.
Não demorou dois segundos e ela saiu.

sexta-feira, 18 de janeiro de 2013

Eu Tenho Estrelas

Estava eu, numa sexta-feira, trabalhando, quando recebo a ligação de alguém, que logo descobri se tratar de um ser astronomicamente superior aos demais mortais.
Ao atender identifiquei-me, como é de obrigatoriedade.
Ele me perguntou onde seria uma reunião, que aconteceria com alguns oficiais, neste dia.
Eu perguntei qual seu nome.
Ele respondeu que era da Polícia Militar de Goiás! (Enfatizou isso muito bem)
Eu novamente perguntei qual seu QRA, que no código 'Q' quer dizer, 'qual seu nome'.
Ele, rispidamente respondeu que não iria se identificar e que como havia sido convidado a participar de uma reunião com um Coronel da PM, com certeza absoluta era um oficial e consequentemente, muito importante.


(...)
Bom, dá para imaginar a minha cara.
Respirei profundamente, e falei que iria me informar sobre o local dessa reunião, com pessoas tão importantes.
É claro que eu não tinha a menor obrigação de saber disso, mas, como sou EDUCADA, tenho princípios, e que provavelmente esse ser superior nunca soube o que é; verifiquei e passei-lhe a informação.
Ele só desligou.
Nem obrigado, nem grato, nem vai te catar.
Nada.

(Cri, cri, cri, cri...)

domingo, 13 de janeiro de 2013

Obrigado, Senhor!

     Alguns fatos acontecem como que por milagre, fatos esses que desafiam o mais cético dos homens. Porque comprovam que Deus age sempre da maneira mais correta e no tempo Dele.
     Há mais ou menos uns 5 anos atrás, um capitão da polícia militar, estava frequentando um curso de especialização em Polícia Judiciária. Onde o instrutor, também militar, falava sobre as vantagens da internet nas investigações.
     E dizendo isto, pediu a carteira de identidade desse capitão, para exemplificar o que falava. A escaneou e jogou sua imagem no telão. Um tenente que estava ao fundo da sala, viu os dados do capitão e levantou todo sorridente, trazendo sua identidade nas mãos, dizendo que eles faziam aniversário no mesmo dia.

     Mas, no meio do caminho parou, mudou o semblante totalmente, como se tivesse lembrado de algo muito triste e fez menção de voltar. O capitão percebendo a mudança drástica no rosto do tenente, perguntou o que tinha acontecido. Ele quis recuar, mas a insistência do superior, o fez abrir seu coração.
     Ele disse que havia lembrado de sua mãe, que morreu quando ele tinha apenas 2 anos, e que mesmo depois de 22 anos, sentia dentro do peito, uma certeza muito forte, de que ela ainda estaria viva.
     Então, o instrutor teve a idéia de jogar o nome da mãe do tenente no Google. E pasmem, havia um mandado de prisão em aberto no nome da mesma, numa cidade do Mato Grosso. Houve um alvoroço geral, e o tenente que até então se julgava órfão, estava visivelmente emocionado e bastante surpreso.
     O capitão, tomando a frente da situação, dispensou todos. E, chegando em casa, fez uma pesquisa minuciosa sobre o paradeiro da mãe do tenente. Entrou em contato com o serviço de inteligência da polícia militar daquela cidade. Onde foi prontamente atendido por um sargento do serviço reservado, repassando os dados que tinha em mãos. E este sargento lhe retornou a ligação após 40 minutos, com a mais surpreendente das revelações.
Segundo sua descoberta, existia sim, uma mulher com aquele nome na cidade. Era uma líder comunitária, uma senhora analfabeta, muito humilde, mas com grande influência na comunidade onde vivia.
E certa vez, um conhecido seu, vendeu-lhe um tanquinho no valor de R$ 80,00. Onde mais tarde descobriu-se tratar de objeto furtado. E ela a partir daquele momento, fora acusada de receptação.
Pela sua simplicidade e ignorância dos fatos, não compareceu à audiência, o que agravou sua situação.
Mas, como todos sabiam de sua índole, ela fora inocentada pela justiça humana.
Após narrar o ocorrido, o sargento disse que tinha uma outra surpresa. Ela estava ali; ao seu lado e falaria com ele.
O coração do capitão quase explodiu de emoção, quando enfim, pôde ouvir a sua versão.
Ela falou que era mãe de 5 filhos e teria sido abandonada pelo marido, e que ele levou o menor, com apenas 2 anos de idade. Desaparecendo sem deixar rastros. E que não havia um dia em sua vida, em que ela não sonhasse em encontrá-lo e perguntou se o capitão o conhecia.
Ele disse que sim e que inclusive era seu chefe; que o filho dela hoje, aos 24 anos, era Tenente da Polícia Militar de Goiás e também formado em engenharia.
Ela muito emocionada, nem acreditava que tinha um filho tenente. Falou que sua família eram todos bem simples.
Falaram por mais alguns minutos, o capitão anotou o número do telefone dela e desligou.
Não aguentando a ansiedade, ligou imediatamente para o tenente. Pediu-lhe que anotasse um número, e ao falar o prefixo do DDD, o tenente começou a chorar do outro lado da linha, já pressentindo de quem se tratava.
No outro dia, ao se encontrar no curso, lá vem o tenente todo sorridente, transbordando de felicidade, lágrimas escorrendo, deu um abraço emocionado no capitão e o agradeceu. Falou que aquele era o dia mais feliz de toda sua vida.

Conseguiu com ajuda dos companheiros, uma dispensa e foi visitar sua mãe.
Ao voltar, relatou que agora sabia de toda verdade, que de repente tinha 4 irmãos, e que entendeu porque Deus havia permitido que ele tivesse sido separado de sua família.
Precisava ter passado por tudo aquilo, para que hoje tivesse um bom emprego e pudesse ajudar sua família tão humilde...
No dia da formatura do curso, o comandante fez uma homenagem a cada um dos alunos, deixando o tenente por último.
No momento em que foi chamado à frente, sua mãe entrou junto com ele.
Houve uma comoção geral, onde os protocolos foram quebrados e todos invadiram a cena. Abraçando e festejando com ele, aquela bênção tão especial!


quarta-feira, 25 de julho de 2012

Desocupação do Parque Oeste Industrial - Goiânia


CASO PARQUE OESTE INDUSTRIAL

"No dia 16 de fevereiro de 2005, Goiânia, capital do Estado de Goiás, foi palco de uma das
maiores operações de desocupação de área urbana já realizadas no País. A área invadida,
conhecida como Parque Oeste Industrial, foram mobilizados pela Secretaria de Segurança
Pública, 1863 homens, numa operação denominada
OPERAÇÃO TRIUNFO, tendo como
resultado 02 (duas) mortes, 14 (quatorze) feridos (com um lesado medular), 800 (oitocentos)
presos, e inúmeros desabrigados, sendo 934 (novecentos trinta e quatro) famílias alojadas em
dois ginásios de esportes, nos bairros do Capuava e do Novo Horizonte.
Dada a gravidade dos fatos, a Secretaria Especial dos Direitos Humanos constituiu
Comissão Especial,
"com o objetivo de apurar violações a Direitos Humanos acerca dos
fatos vinculados a operação de Reintegração de Posse, que resultou em vítimas fatais e
inúmeros feridos, realizada por Policiais Militares no Parque Oeste Industrial em Goiânia,
Estado de Goiás, no dia 16 de fevereiro do corrente ano", via RESOLUÇÃO Nº 1, no DOU
– Seção 2, de 24 de fevereiro de 2005." (...)





Agora a visão de uma policial militar, que viveu o outro lado da história (Eu):


"__ Alguém tem que fazer o serviço sujo". Como diria minha sábia irmã.
 Ou seja, somos militares, cumpridores de ordens que vem lá de cima. Ordens essa, que é Legal, mas humanamente falando, olhando lá pra baixo, muitas vezes não é Moral.
São crianças, idosos, portadores de necessidades especiais, gente humilde, maioria trabalhadora, honesta, carente, pagadoras de impostos. Que necessitam, dentre tantas coisas, de um teto.
Invadiram um terreno particular, que tem dono, pagador de seus impostos, que pelo visto não é tão carente, mas ainda assim, é o proprietário legal.
O Juíz mandou, então, Cumpra-se!
De que forma aquelas pessoas sairiam? Pois se do dia para a noite, eles se multiplicavam, transformando o terreno, em uma invasão gigantesca. Onde cada dia, apareciam mais e mais casas.
E onde se aglomerou, juntamente com a população honesta, bandidos da mais alta periculosidade.
Bom, agora deixando o sensacionalismo de lado, vamos falar da legalidade e do serviço policial militar em si e qual foi o benefício que essa desocupação trouxe para nossa cidade.
Legalmente falando, todos ali estavam errados, são invasores, transgressores da Lei. Acharam que era simples assim, chegar e se apossar do alheio, construíram seus sonhos às custas do prejuízo e dos direitos de outra pessoa.
A polícia militar existe para prevenir, combater crimes e bater de frente com o perigo. Pois é, também corremos grande perigo nas operações aos quais somos empenhados.
Agora, imagine se nada tivesse sido feito, se os invasores triunfassem, o caos que a cidade estaria vivendo. Todos os terrenos desocupados, estariam sendo invadidos. Viriam pessoas de todas as partes Brasil, porque aqui seria a terra sem lei.
E daqui alguns poucos anos, estaríamos nos assemelhando às grandes capitais, como Rio de Janeiro e suas favelas, que de tão grandes, se tranformaram em verdadeiras cidades. Ali sim é terra sem lei. Onde manda quem é o dono do tráfico e tem mais armas, e obedece quem quer ficar vivo.


segunda-feira, 23 de julho de 2012

QBU na Janela


Um QBU, como são chamados as pessoas com distúrbios mentais, por nós militares; estava sentado na janela de seu quarto, que fica no sexto andar. Ameaçando pular.
A polícia militar foi acionada, os bombeiros, os familiares, a imprensa, o padre, enfim, ele conseguiu seus quinze minutos de fama.
Os primeiros a chegar ao local foram a PM e os familiares.
Foi então, que subiu até o quarto, um sargento e um aspirante a oficial da polícia militar. O sargento com sua larga experiência, que adquiriu ao longo de seus 23 anos na corporação, foi logo dialogando com o doido da janela.
__ Meu irmão, o que é que você perdeu aí nessa janela?
__ Me bateram. Respondeu o QBU.
__ Ah não! Não me diga uma coisa dessa! Eu quero saber quem foi esse safado que te bateu. Vou dar na cara dele até virar homem!
Disse isso e tirou um facão do cinturão. Continuou:
__ Me conta quem foi, vou cortar ele todinho!
Nisso o QBU, demonstrando surpresa, falou choramingando:
__ Não, não mata ele não!
O sargento, olhando bem nos olhos do doido, disse baixinho e batendo no peito:
__ De hoje em diante, eu e você somos amigos. Mexeu contigo, mexeu comigo.
O QBU acenou afirmativamente com a cabeça, babando e sorrindo.
__ Combinado então? Perguntou o sargento ao doido e estendeu a mão.
O QBU inocentemente, aceitou o aperto de mão do sargento e estendeu sua mão. Nesse momento, claro, foi seguro pelo militar e puxado para dentro do quarto.
O aspirante que até então só olhava a ação do praça, finalmente se movimentou. Ajudou a segurar o suicida, que gritava:
__ Não me bate! Não me bate!
Conseguiram arrastá-lo para o térreo.
Já dominado, o QBU mais calmo, foi encaminhado até a ambulância que ali estava para conduzi-lo a uma clínica psiquiátrica.
Quando este estava dentro da ambulância, riu e apontou para os militares ali presentes:
__ É tudo meu amigo, tudo meu amigo. A gente vai almoçar juntos...


quarta-feira, 27 de junho de 2012