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quarta-feira, 25 de julho de 2012

Desocupação do Parque Oeste Industrial - Goiânia


CASO PARQUE OESTE INDUSTRIAL

"No dia 16 de fevereiro de 2005, Goiânia, capital do Estado de Goiás, foi palco de uma das
maiores operações de desocupação de área urbana já realizadas no País. A área invadida,
conhecida como Parque Oeste Industrial, foram mobilizados pela Secretaria de Segurança
Pública, 1863 homens, numa operação denominada
OPERAÇÃO TRIUNFO, tendo como
resultado 02 (duas) mortes, 14 (quatorze) feridos (com um lesado medular), 800 (oitocentos)
presos, e inúmeros desabrigados, sendo 934 (novecentos trinta e quatro) famílias alojadas em
dois ginásios de esportes, nos bairros do Capuava e do Novo Horizonte.
Dada a gravidade dos fatos, a Secretaria Especial dos Direitos Humanos constituiu
Comissão Especial,
"com o objetivo de apurar violações a Direitos Humanos acerca dos
fatos vinculados a operação de Reintegração de Posse, que resultou em vítimas fatais e
inúmeros feridos, realizada por Policiais Militares no Parque Oeste Industrial em Goiânia,
Estado de Goiás, no dia 16 de fevereiro do corrente ano", via RESOLUÇÃO Nº 1, no DOU
– Seção 2, de 24 de fevereiro de 2005." (...)





Agora a visão de uma policial militar, que viveu o outro lado da história (Eu):


"__ Alguém tem que fazer o serviço sujo". Como diria minha sábia irmã.
 Ou seja, somos militares, cumpridores de ordens que vem lá de cima. Ordens essa, que é Legal, mas humanamente falando, olhando lá pra baixo, muitas vezes não é Moral.
São crianças, idosos, portadores de necessidades especiais, gente humilde, maioria trabalhadora, honesta, carente, pagadoras de impostos. Que necessitam, dentre tantas coisas, de um teto.
Invadiram um terreno particular, que tem dono, pagador de seus impostos, que pelo visto não é tão carente, mas ainda assim, é o proprietário legal.
O Juíz mandou, então, Cumpra-se!
De que forma aquelas pessoas sairiam? Pois se do dia para a noite, eles se multiplicavam, transformando o terreno, em uma invasão gigantesca. Onde cada dia, apareciam mais e mais casas.
E onde se aglomerou, juntamente com a população honesta, bandidos da mais alta periculosidade.
Bom, agora deixando o sensacionalismo de lado, vamos falar da legalidade e do serviço policial militar em si e qual foi o benefício que essa desocupação trouxe para nossa cidade.
Legalmente falando, todos ali estavam errados, são invasores, transgressores da Lei. Acharam que era simples assim, chegar e se apossar do alheio, construíram seus sonhos às custas do prejuízo e dos direitos de outra pessoa.
A polícia militar existe para prevenir, combater crimes e bater de frente com o perigo. Pois é, também corremos grande perigo nas operações aos quais somos empenhados.
Agora, imagine se nada tivesse sido feito, se os invasores triunfassem, o caos que a cidade estaria vivendo. Todos os terrenos desocupados, estariam sendo invadidos. Viriam pessoas de todas as partes Brasil, porque aqui seria a terra sem lei.
E daqui alguns poucos anos, estaríamos nos assemelhando às grandes capitais, como Rio de Janeiro e suas favelas, que de tão grandes, se tranformaram em verdadeiras cidades. Ali sim é terra sem lei. Onde manda quem é o dono do tráfico e tem mais armas, e obedece quem quer ficar vivo.


segunda-feira, 23 de julho de 2012

QBU na Janela


Um QBU, como são chamados as pessoas com distúrbios mentais, por nós militares; estava sentado na janela de seu quarto, que fica no sexto andar. Ameaçando pular.
A polícia militar foi acionada, os bombeiros, os familiares, a imprensa, o padre, enfim, ele conseguiu seus quinze minutos de fama.
Os primeiros a chegar ao local foram a PM e os familiares.
Foi então, que subiu até o quarto, um sargento e um aspirante a oficial da polícia militar. O sargento com sua larga experiência, que adquiriu ao longo de seus 23 anos na corporação, foi logo dialogando com o doido da janela.
__ Meu irmão, o que é que você perdeu aí nessa janela?
__ Me bateram. Respondeu o QBU.
__ Ah não! Não me diga uma coisa dessa! Eu quero saber quem foi esse safado que te bateu. Vou dar na cara dele até virar homem!
Disse isso e tirou um facão do cinturão. Continuou:
__ Me conta quem foi, vou cortar ele todinho!
Nisso o QBU, demonstrando surpresa, falou choramingando:
__ Não, não mata ele não!
O sargento, olhando bem nos olhos do doido, disse baixinho e batendo no peito:
__ De hoje em diante, eu e você somos amigos. Mexeu contigo, mexeu comigo.
O QBU acenou afirmativamente com a cabeça, babando e sorrindo.
__ Combinado então? Perguntou o sargento ao doido e estendeu a mão.
O QBU inocentemente, aceitou o aperto de mão do sargento e estendeu sua mão. Nesse momento, claro, foi seguro pelo militar e puxado para dentro do quarto.
O aspirante que até então só olhava a ação do praça, finalmente se movimentou. Ajudou a segurar o suicida, que gritava:
__ Não me bate! Não me bate!
Conseguiram arrastá-lo para o térreo.
Já dominado, o QBU mais calmo, foi encaminhado até a ambulância que ali estava para conduzi-lo a uma clínica psiquiátrica.
Quando este estava dentro da ambulância, riu e apontou para os militares ali presentes:
__ É tudo meu amigo, tudo meu amigo. A gente vai almoçar juntos...


quarta-feira, 27 de junho de 2012

terça-feira, 12 de junho de 2012

Cadê o Toninho?

Esta é uma "pérola" do 193, pois aconteceu com uma médica da regulação do Corpo de Bombeiros, e ela me contou.
Fato ocorrido uns 8 anos atrás, numa ocorrência onde os bombeiros foram acionados, para socorrer várias pessoas que estavam literalmente "espetadas", no arame farpado que cercava o quintal de uma casa. Onde havia um velório.
E realmente, havia mesmo umas 30 pessoas machucadas, onde algumas ainda permaneciam presas ao arame farpado. Para isso foram acionados UR's e a USA dos bombeiros.
Bom, a história é a seguinte:
Estava sendo velado o corpo de um homem e vários parentes e amigos permaneciam ao seu redor. Quando surge na sala, a ex-esposa, recém chegada do norte do país, para o velório. Ao vê-lo no caixão, ela corre em sua direção e o abraça.
Mas, ao apertá-lo com força e devido aos gases que ainda permaneciam no corpo do falecido, fez com que os braços dele se abrissem e de sua boca saísse um som, como se fosse um ronco.
E todos sem exceção, assombrados, fugiram correndo de dentro da casa, aos solavancos, passando um por cima do outro. Dando de cara com a cerca de arame farpado, que foi ignorada. Ficando "espetados".
Tudo isso, tentando fugir do fantasma.
Após a chegada dos bombeiros e as pessoas ainda sendo atendidas, uma voz feminina começa a berrar:
   __Cadê o Toninho?!  __Cadê o Toninho?!
Ela gritava apontando em direção a uma cadeira de rodas; vazia.
O cadeirante havia desaparecido, e o mais impressionante era que ele não tinha nem os braços e nem as pernas.
Foi encontrado rolando numa poça de lama, no meio do quintal.
Parecendo mais uma tartaruga.
O lavaram com uma mangueira, para saber qual sua real situação.
Foi quando alguém fez a pergunta que não queria calar: 
   __Como é que ele foi parar no meio do quintal?
E algum engraçadinho respondeu:
   __Só pode ter vindo parar aqui chutado, cada um que passava por ele, dava um chute. Foi assim que ele chegou tão longe da cadeira de rodas.
(É verdade, é muito cômico, se não fosse tão trágico!)
Foi então que a médica da regulação dos bombeiros, chegou a conclusão de que esse era o caso mais grave, sendo levado pela USA (viatura dos bombeiros, onde tem um médico, para atendimentos de maior gravidade).
Mesmo ele dizendo o contrário, com a voz quase sumindo:
   __Eu bem... Eu bem...

terça-feira, 15 de maio de 2012

Assim Você Mata o Papai

Num sábado a noite, uma jovem ligou no 190, avisando que recebera uma ligação de uma mulher pedindo por socorro.
Afirmou não conhecer quem ligou, mas passou o número que ficou gravado no identificador de chamadas.
A prestativa atendente do 190, anotou o número e retornou a ligação para a suposta vítima.
Ao ligar, a atendente imaginou que falaria com alguém que estivesse em perigo, porém o que ouviu, foi uma música tocando e risadas ao fundo:
"Ai, ai, ai, ai ,ai, ai... Assim você mata o papai..."


Ou seja, ocupou-se uma linha de emergência e um profissional, com uma história fantasiosa. Ridicularizou uma Instituição centenária com piadinhas. Como se numa cidade tão grande, não houvesse mais ninguém necessitando de ajuda. É assim que alguns jovens agem. Sem nenhum amor ou respeito pelo ser humano e pelos profissionais que passam noites em claro, tão somente para ajudar.

sexta-feira, 17 de fevereiro de 2012

sexta-feira, 10 de fevereiro de 2012

Essas Crianças...

Pela voz, parecia ser uma criança com menos de seis anos, porém sabia articular muito bem as palavras.
   — "Moça, preciso de um favor muito grande, olha só é muito sério o que eu vou falar."
   — Pois não, em que a polícia militar pode te ajudar?
   — "É assim, tô sozinho em casa, fui no banheiro agora, mas eu não consigo puxar a cordinha da descarga."
Pensei:  — Pronto, não faltava mais nada naquele plantão.

Hoje Vou Matar Minha Mulher

   —"Hoje eu vou matar minha mulher!"
Essa foi a primeira coisa que um homem, com uma voz de bêbado disse, ao ligar no 190.
   —"Cheguei cansado em casa hoje, trabalhei feito um condenado, com fome e a vagabunda não fez a janta! Isso porque eu ainda passei no bar, pra tomar umas duas cervejinhas."
   —Senhor, qual seu nome?
   —"Paulo." (nome fictício)
   —Onde está sua esposa agora?
   —"Fugiu, saiu correndo, mas quando ela voltar, vai apanhar até morrer."
   —Me passa seu endereço por favor.
   —"É na rua do Chicote, número 13, Jardim dos Boçais." (endereço fictício)
   —Por que ela fugiria? O senhor a ameaçou com alguma arma? Está portando faca ou revólver?
   —"Não vou mentir pra você não, moça. Eu já bati nela, mas ela sempre mereceu, é uma preguiçosa. Chego em casa e as coisas estão por fazer... Nem as minhas roupas ela lava direito."
   —Sua esposa trabalha fora, além de trabalhar em casa também?
   —"Trabalha numa confecção, moleza, fica o dia inteirinho sentada e ainda diz que está cansada. Mulher tem é que apanhar mesmo!"
   —Senhor, às vezes as mulheres se cansam. Ainda mais quando também trabalham fora, aguentam encheção de saco de patrão e no caso dela, passa o dia inteiro na frente de uma máquina de costura. E quando chegam em casa, ainda tem todo serviço doméstico para fazer. Acho que ela espera no mínimo, encontrar um homem carinhoso e que não esteja fedendo a cachaça.
   —"Você diz isso porque é mulher. Tenho certeza que seus colegas não pensam assim!"
   —Não sei como eles pensam, mas sei o que penso. A viatura estará aí logo em seguida, para fazer a escolta de sua esposa até a Delegacia da Mulher, caso ela deseje formalizar um boletim de ocorrência contra o senhor, pela violência doméstica que ela vem sofrendo.
   —"Isso que dá colocar mulher na polícia, se acham as donas do mundo. Mas não vai dar em nada não, tenho as costas quentes e minha esposa não me larga não."
E o pior é que não largam mesmo, ele tem razão!
...Bom, o resto da conversa é tão deprimente que não merece meu esforço para digitar.

sábado, 21 de janeiro de 2012

Independência, Uma Decisão Solitária

É difícil acreditar que ainda nos dias de hoje, uma pessoa se submeta a ser humilhada, violentada em todos os sentidos, até mesmo no seu direito de ir e vir, em nome do "amor".
Amor não faz sofrer.
Se há algum sofrimento, o que menos existe é amor.
A família não pode ser a desculpa, para a mulher ser subjugada. Em nome dos filhos, da estabilidade e da "moral", algumas mulheres se submetem aos caprichos, machismo e boçalidade de alguns homens.
Com que direitos os homens agem assim?
Com o direito dado pela mulher.

Faz parte da natureza do homem ser o manda chuva, o todo poderoso. Então, quando a mulher permite que estabeleça essa "hierarquia", ela abriu mão de seus direitos.
É muito cômodo para algumas mulheres, deixarem as obrigações financeiras e as decisões relevantes aos companheiros. Dando a eles, a impressão que elas são meras coadjuvantes na relação.
E a maioria delas, passa a vida toda acreditando nisso.
Esse é o xis da questão.
Desde sempre foi assim, tornando uma prática normal, corriqueira.
Por isso, essa dificuldade imensa em colocar na cabeça das mulheres que isso não é normal! É uma pichação aos direitos mais básicos.
Mesmo tendo acesso a educação, mesmo garantindo sua estabilidade financeira, as mulheres aceitam essa imposição que a sociedade acatou.
Por comodismo e para não ser confundida como uma pessoa vulgar. Porque se ela não é uma dona de casa exemplar, é uma vagabunda.
Mulher solteira não tem valor moral, então, antes casada e subjugada, do que solteira e vadia.
Certo?
Errado!
Não é preciso ser casada para ser digna e honesta, tão pouco solteira para tornar-se uma qualquer. Isso tem a ver com caráter e criação. E estar na companhia de um homem não muda nada. O fato é, ele é apenas humano, nem melhor, nem pior. Uma pessoa com defeitos e qualidades, vontades, sentimentos, medos, desejos, fome, sede, frio e calor... Ou seja, as mesmas necessidades que as mulheres. Por que serem tratados como deuses?
De novo a resposta é a mesma. Porque as mulheres aceitam assim.
Mas por que elas agem assim?
Para toda revolução houve guerra. Guerrear sempre deixou rastros de sangue, inocentes foram sacrificados e algumas vezes a vitória não compense tanto esforço e energia.
Pois sempre vai haver quem diga o contrário. E de certa forma, mudar pode não ser a melhor solução para a maioria das "Amélias".
Cansa dar murro em ponta de faca.
É uma decisão solitária.