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quinta-feira, 9 de dezembro de 2010

Sim, às vezes sou psicóloga também!


Um homem ligou, me pedindo orientação de como agir, numa determinada situação. Perguntou se eu tinha um tempinho para ouvi-lo.
Eu disse que sim. Afinal, poderia ser algum daqueles casos de vida ou morte, ou apenas mais uma historinha pro blog.
Ele disse que sua ex-mulher, que morava em uma casa de aluguel, não conseguindo mais pagar por ele, estava voltando pra casa de seus pais, onde também vive um irmão dela, usuário de drogas, que não trabalha, vive na malandragem e até agride os pais, para que estes lhes dê dinheiro.
Ele disse que não quer que seus filhos vivam nesse ambiente.
Pensei, ainda bem que ele pensa assim. Mas, como eu sei como funciona a cabeça desses ex's, que nada se importam com as crianças, apenas em atormentar uns aos outros, me preparei para responder, daquele jeito. Afinal, ele tinha pedido orientação.
Perguntei qual era sua dúvida sobre o caso, e ele me perguntou se era melhor denunciá-la no Conselho Tutelar, porque ela é irresponsável, ganhava o mesmo tanto que ele e ainda tinha a pensão.
Era o que eu precisava ouvir.
Senhor, disse eu, porque ao invés de atrapalhar a vida de sua ex-mulher, o senhor não cuida dos seus filhos? Os mesmos direitos e obrigações para com filhos menores, são de igual para igual, tanto para a mãe, quanto para o pai. Realmente o ambiente descrito, não é indicado para criar nem cachorro, quanto mais crianças.
Então, que ele realmente se dedicasse às crianças e não ao que a ex-esposa faz ou deixa de fazer.
Pois sendo ela, uma irresponsável, como ele disse que é, então não devia estar cuidando dos filhos dele. E com relação a dinheiro, dela ganhar tanto quanto ele e ainda assim não conseguir pagar aluguel e manter as crianças, é óbvio que pra quem só paga pensão, sai muito mais barato, criança faz gastos diários e são imprevisíveis.
Então a minha orientação era que ele fosse mesmo no Conselho Tutelar, mas para exigir a guarda dos filhos, pois ele demonstrava ter mais condições de cuidar deles.
Ele falou que ía pensar melhor no assunto, agradeceu e desligou, numa velocidade!

Morreu tarde.

Uma senhora ligou solicitando uma viatura na casa de sua sogra, que havia falecido de manhã, sendo que esta ligação foi feita na tarde do mesmo dia.
Dizendo que a empregada da casa, estava impedindo ela e seu marido, filho da falecida, de adentrarem na residência para pegarem alguns documentos, para que fosse providenciado o velório.
Ela também disse que seu esposo era filho único, então era o único que deveria ter acesso aos bens, dos quais a empregada estava tentando impedi-los de retirar.
Embora eu não tenha ficado nada surpresa e já esperando a resposta, perguntei assim mesmo:
Vocês querem entrar para pegar os documentos para o velório ou se apossar dos bens?
Ela se enrolou um pouco, gaguejou e ao invés de me responder, me questionou se quem tinha mais direito, era o marido dela ou a empregada?
Respirei bem fundo e perguntei qual era a dificuldade que estavam tendo no momento, que precisasse de intervenção da polícia militar.
Ela disse que a sogra ganhava muito bem e que o filho era quem cuidava dela, mas tiveram uma briga e então ele parou de frequentar a casa da mãe. Vindo esta a falecer dias após a discussão.
E então por esse motivo, os familiares o culpam pela morte da mãe, e ainda dizem que ele nunca cuidou dela, que quem sempre esteve ao seu lado, foi a empregada.
Ouvi uma voz ao fundo, provavelmente do marido, dizendo para mandar logo a viatura, senão ele ía arrombar a porta e arrebentar a empregada, ou vice-versa, não entendi muito bem.
Ouvi também discussões ao fundo.
Foi feito o registro da ocorrência, a viatura foi encaminhada rapidamente ao local.
O filho deve ter ficado aliviado com a morte da mãe, assim não teria mais que 'cuidar' dela. Nem esperou enterrar o corpo e já estava atrás da sua herança, com receio da empregada pegar pra ela.