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segunda-feira, 29 de novembro de 2010

Eixo Anhanguera

Só para mostrar como são falhas nossas leis, deixando de mãos atadas nossos valorosos policiais, que mesmo sem quase nada poder fazer, em alguns casos. Ainda tentam!
A princípio, ligaram no 190 por causa de disparos com arma de fogo, efetuados de um veículo que faz a manutenção de uma das linhas de ônibus mais importante da cidade. Os tiros foram em direção à um indivíduo que parou (lógico) e foi colocado dentro deste carro.
Agora a história:
Uma senhora que estava na plataforma de desembarque dessa linha de ônibus, avistou o carro da manutenção e informou que um indivíduo que havia descido do coletivo, havia furtado um aparelho de celular de um senhor idoso, que nem percebeu.
Só que neste veículo tinha um policial de serviço (à paisana), fazendo o trajeto com o carro da manutenção, justamente para coibir esse tipo de delitos nos ônibus daquela linha. E quando este visualizou o meliante, efetuou disparos contra o mesmo, que parou. Mas antes jogou fora o celular, produto do furto.
Ele foi levado pelo carro dessa empresa, detido, até um delegacia, infelizmente sendo logo liberado. Pois não havia nada contra o mesmo. Nem vítima, nem testemunha e nem o celular. Celular este, que foi encontrado logo após, pela viatura da PM que vinha atender a ocorrência de disparos de arma de fogo em via pública. Porém era tarde, o autor já estava bem longe, soltinho!
O comandante da viatura relatou que conseguiu encontrar o dono do celular, um senhor idoso de 74 anos, que estava voltando para sua casa, após uma sessão de hemodiálise. Para isso, teve que ligar para alguns números da agenda do aparelho, e obteve êxito. Conseguiu inclusive falar com a vítima, que foi quem relatou os dados acima.
Bom, visto se tratar de um idoso, os componentes da viatura, decidiram ir até a casa deste, devolver o aparelho. Atravessaram a cidade toda, mas fizeram cumprir seu dever.
Moral da história, o ladrão se safou, está livre, leve e solto. O policial que estava de serviço à paisana e efetuou os disparos, teve de dar explicações na delegacia e está bastante enrolado.
Para algumas pessoas, esse ato de uma viatura, ter que ir até a casa da vítima e devolver um simples celular, é uma bobagem, perda de tempo, desperdício de combustível do Estado. Mas não é.
As pessoas simples, aquelas que andam de ônibus, tem todo direito de serem tratados como alguém que teve seu carro importado roubado; este, que ao ser recuperado, é devolvido ao proprietário.
O crime é o mesmo, o que muda aí é a conta bancária!
E o ladrão deve estar rindo agora...